Relatório de Actividades

09-05-2012 22:39

Relatório de Actividades

O início do mandato da actual direcção da ATTAC Portugal coincidiu com a chegada da troika a Portugal. O aprofundamento da austeridade ganhou uma velocidade superior. O desemprego cresceu, a par da pobreza e da destruição do Estado social.

As políticas de austeridade a nível nacional e europeu caracterizam-se por afastar a população da tomada de decisões. Tudo é feito em nome da inevitabilidade do único caminho da austeridade, numa prática fortemente marcada pelo austeritarismo.

Nesse sentido, a direcção da ATTAC decidiu basear a sua actividade em dois eixos: desmontagem e denúncia do significado da política de austeridade – através da edição e divulgação de documentos (nas redes sociais) e organização regular de debates, contribuindo para o reforço do conhecimento técnico e do argumentário anti-austeridade envolvendo a população no debate e na tomada de decisões políticas; reforço das ligações internacionais e procura de sinergias com outras organizações nacionais, de modo a dar força aos movimentos que apelam à mudança da política económica e social.

Assim, a acção da ATTAC, neste mandato ficou marcado pelo mote: «ATTAC à Crise».

Debates

Podemos dizer que esta foi uma das nossas grandes vitórias. Conseguimos trazer para o debate público personalidades a quem normalmente não é dado lugar no espaço mediático. Em 2011 arrancamos com o nosso plano de debates, que em 2012 ultrapassou já o nosso objectivo de realizar um debate mensal.

Em 2011 organizamos um debate com Jorge Bateira e um outro com André Freire. Já este ano, contamos com Ana Costa e José Reis (Janeiro), Eugénia Pires e Sandro Mendonça (Fevereiro), Rui Tavares e Paulo Fidalgo (Março) e Marica Frangakis e Eugénio Lisboa (Abril).

Esta dinâmica levou a que no final de Março conseguíssemos realizar uma conferência com doze oradores: Eduardo Paz Ferreira, José Castro Caldas, Carvalho da Silva, Sara Rocha, Ricardo Paes Mamede, Álvaro Rodriguez, Jorge Bateira, Guilherme Statter, José Gusmão, Pedro Nuno Santos, Vítor Dias e Paula Gil.

Com estas iniciativas conseguimos mobilizar cerca de 400 pessoas para a discussão política e económica, muitas das quais raramente têm oportunidade de partilhar a sua visão e opinião publicamente.

Os debates voltaram a garantir às actividades da ATTAC visibilidade pública, um factor essencial no reforço das lutas sociais.

Tal eixo depende e reforça um outro, o da comunicação. Consideramos o nosso site e as redes sociais meios por excelência para difundir uma mensagem política alternativa.

Comunicação

Toda a actividade de comunicação foi marcada pela linha gráfica definida no âmbito do «ATTAC à Crise», dando assim, uma coerência e reforço de qualidade à acção da ATTAC.

Foi efectuado um grande esforço de dinamização do sítio www.attac.pt por parte da actual direcção. Reorganização do sítio, mais informação, maior dinâmica e maior divulgação.

Nesse sentido, conseguimos multiplicar por sete o número de visitas, de 3.548 (de 6 de Maio de 2010 a 6 de Maio de 2011) para 24.192 (de 7 de Maio de 2011 a 6 de Maio de 2012).

Por outro lado, conseguimos aumentar em mais de mil o número de seguidores no Facebook (temos agora 3.385) e em mais de 500 no Twitter (temos agora 1.656).

Já o nosso grupo no Google Groups, meio por excelência de divulgação das nossos iniciativas, conseguimos captar mais 99 aderentes desde o início do mandato. Actualmente são 989 emails inscritos voluntariamente na nossa lista de contactos. O Google Groups sofreu uma forte reestruturação, devido a uma alteração de plataforma. Devido a esta alteração, tivemos centenas de pessoas que não aceitaram o convite para integrarem a nova plataforma e temos ainda 332 convites pendentes. Assim, todos os membros da lista de contactos estão lá de forma voluntária, reduzindo a zero os contactos que recebem mensagens da ATTAC sem terem pedido e, por outro lado, dando um potencial razoável para o aumento da nossa base de dados.

A ATTAC elaborou um documento próprio de grande divulgação, quer em papel, quer em formato electrónico através das redes sociais, intitulado «A crise Portuguesa em 10min», enquadrador do momento histórico e dos conceitos económicos em voga.

Sinergias

Nacional

Apesar de algumas dificuldades de mobilização, temos redobrado esforços para dinamizar e fortalecer os movimentos de contestação social.

Estivemos presentes e ajudamos na mobilização através da distribuição de panfletos próprios para as Greves Gerais de 24 de Novembro de 2011 e 22 de Março de 2012. Num esforço de convergência, criamos um cartaz de apelo à Greve de Novembro com os Precários Inflexíveis, com o mote ‘Taxar os Ricos para dar aos Povos’.

Estivemos nas reuniões de preparação e na manifestação do dia 15 de Outubro, tendo sido subscritores de todas as manifestações atrás referidas.

Participamos na acampada do Rossio e nas várias reuniões e manifestações então realizadas.

Participamos na Conferência da Iniciativa para uma Auditoria Cidadã à Dívida Pública e continuamos a dinamizar a sua actividade.

Participamos na manifestação internacional de 19 de Junho.

Contamos com alguns activistas da ATTAC que continuam a marcar presença nas reuniões com outras plataformas. Para além das referidas, foram realizadas reuniões com o CIDAC, por exemplo.

Estivemos igualmente sempre presentes nas manifestações do dia do Trabalhador.

Fomos subscritores e estivemos presentes com uma banca de materiais nos jantares comemorativos do 25 de Abril.

Internacional

Conseguimos formar um grupo de elementos que acompanha a intensa actividade da ATTAC a nível internacional. Para além de contribuirmos para a produção de tomadas de posição comuns a nível europeu, colocadas no nosso sítio, estivemos presentes em Madrid, na Conferência ‘Vivendo em Dívidocracia’, na Assembleia-Geral da ATTAC França, em Rennes, em Paris, numa grande conferência internacional da ATTAC França, na Joint Social Conference, em Bruxelas, na Universidade de Verão da ATTAC, em Frankfurt, estivemos presentes num encontro na Noruega. Para além destas deslocações, participamos continuamente em grupos de reflexão / acção anti-austeridade e contra a privatização da Água.


 

 

Voltar