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Campanha contra a privatização dos CTT

Lançada em Abril de 2010, a iniciativa Correio Público .net consistiu numa campanha contra a privatização dos CTT.

Os dogmas ideológicos hoje veiculados pela Comissao Europeia , contra todas as evidencias da grave crise económica global que estamos a viver, pressionam os estados-membros para uma contenção rápida do défict público e para a privatização generalizada das empresas na órbita do Estado.
O Governo Português, com o PEC que apresentou ao país, mostrou que partilhava da mesma visão.
Ao elencar uma extensa lista de empresas a privatizar, o Governo anunciou, satifeito, que poderia arrecadar cerca de 6 mil milhões de euros e assim reduzir o déficit em igual montante.

Para estes responsáveis, a apresentação de uma estatística do déficit ao final do ano é tudo. O facto de o Estado perder instrumentos importantes para a concretização de políticas públicas, ecoonómicas, sociais e ambientais, não é nada importante. Mas se as privatizações degradam a democracia e atacam o serviço público são também economicamente prejudiciais, pois as receitas extraordinárias conseguidas à custa da venda de activos que são de todos, não compensam no médio prazo a perda de dividendos que esses activos geram.

Neste quadro, a privatização dos CTT é particularmente chocante.

Os CTT como empresa pública são uma importante fonte de receita para o Estado, contribuindo para reduzir o défice, mas ao mesmo tempo são um instrumento fundamental de integração e coesão territorial.
Os CTT têm sido reconhecidos, nacional e internacionalmente como uma empresa-modelo do ponto de vista da gestão e da qualidade do serviço e nenhuma empresa privada prestará com a mesma qualidade ou o mesmo preço alguns dos serviços dos CTT, menos rentáveis mas socialmente fundamentais.

A ATTAC portugal lança a campanha contra a privatização dos CTT - www.correiopublico.net.